Rodolfo Almeida, ambientalista e presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE, ministrou uma palestra em que apresentou maneira simples para tratar o esgoto unifamiliar, utilizando recursos naturais e economicamente viáveis.
“Nitrato, fostafato, hormônios e antibióticos não são neutralizados e voltam para rios e represas e, consequentemente, para as nossas torneiras. Além disso, desperdiça recursos que poderiam ser aproveitadas dos efluentes, como biogás (para energia) e lodo (para o adubação)”. Disse o palestrante.
Mas felizmente parece haver uma solução: tratamentos com plantas são capazes de filtrar mais de 90% dos poluentes e remover até mesmo contaminação química. E os preços não são altos, inclusive alguns podem ser até mais baratos que os métodos convencionais. Os novos métodos possíveis utilizando plantas podem ser realizados em residências individuais, pequenas comunidades e até grandes cidades!
Como funciona o tratamento por plantas
As plantas de espécies peculiares, como papiros, tairoba, aguapés, entre outras, atuam absorvendo as substâncias poluentes que passam por suas raízes.
O sistema conta, de maneira geral, com fossa séptica tradicional e dois tanques de filtragem sob a terra que são cobertos com uma camada de brita. Sobre essas britas as plantas são cultivadas. Quando o esgoto passa subterrâneo pelos tanques, as raízes consomem a matéria orgânica e os poluentes e ao final do processo, a água tratada pode ser utilizada em lavagem de calçadas, irrigação de pomares e jardins, em lagos paisagísticos ou simplesmente devolvida ao ambiente.
Além de todos estes benefícios, o projeto não traz riscos de doenças nem cheiro desagradável, pois o esgoto passa abaixo do solo.
Texto originalmente publicado em ciclovivo e adaptado pela equipe do blog Fica a Dica.